segunda-feira, 19 de novembro de 2007

ESCRITAS EGÍPCIAS

Na antiga sociedade egípcia a escrita desempenhava um importante papel. Mas apesar disto, este ofício, considerado sagrado, só era utilizado pelos Escribas e claro, pela Nobreza e o Faraó.
Segundo a mitologia egípcia, a escrita teria sido inventada por Thot, deus da sabedoria, linguagem e magia, que é normalmente representado pela Íbis e pelo seu animal sagrado, o Babuíno. Esta atribuição está representada em muitos documentos, que mostram, por exemplo, Thot a escrever.
Mas, quem na verdade, fez com que este ofício se estendesse por largas décadas e lugares, foram os Escribas. O seu trabalho era venerado e louvado e ocupavam assim, altos lugares na sociedade egípcia. A partir das suas gravuras e pinturas de inúmeros hieróglifos, a História do Antigo Egipto pôde ser decifrada e contada.

AS TRÊS ESCRITAS:


A palavra Hieróglifos provém do grego e significa “inscrições/escritas sagradas”.
A escrita hieroglífica começou a desenvolver-se durante a 1ª Dinastia Egípcia, mais ou menos entre 3200 a.C. e 2778 a.C. Existiam muitos signos, mas poucos, cerca de 80 eram utilizados na escrita habitual. Inicialmente, cada signo representava um objecto, mas ao longo do tempo, os signos foram adquirindo um valor fonético. Podiam ser lidos horizontalmente ou verticalmente, e da direita para a esquerda ou ao contrário, quem decidia eram os signos, isto é, a leitura era feita a partir da imagem figurativa, homens ou animais, que tinham a cabeça sempre virada para o início da linha.


1. A Decifração:
Deve-se a Jean-François Champollion (1790-1832) que em 1821 começou a decifrar umas inscrições numa estela de basalto negro: Chama-se Pedra de Roseta e foi encontrada em 1799 por soldados de Bonaparte, numa região perto de Alexandria,chamada Rachid. FIG.1 - Pedra de Roseta Nesta pedra podem ser reconhecidos três caracteres diferentes: em primeiro, identificam-se 14 linhas em escrita hieroglífica, depois 22 linhas numa outra escrita egípcia, o demótico e finalmente, na última parte da pedra, podem ler-se 54 linhas em grego. Fig. 1 Pedra de Roseta
Champollion começou por reconhecer o nome de Ptolomeu em grego e demótico e percebeu que as três inscrições diziam a mesma coisa, e a partir deste passo, foi estabelecendo pontos de ligação entre os três idiomas. A Pedra de Roseta é assim a base dos estudos que levaram Champollion e outros estudiosos à decifração dos hieróglifos.
No seu livro « Précis du système hiéroglyphique des anciens Égyptiens » (1824) distingue, então mais duas espécies de escrita egípcia, além da hieroglífica : a hierática e a demótica ou epistolográfica.

A escrita hierática é posterior à hieroglífica, mas está ainda muito ligada a ela, é quase como se fosse a sua evolução. O hierático aparece quando se começam a utilizar as canas para escrever em superfícies lisas, que faziam com que vários detalhes dos signos desaparecessem. Assim muitos signos depressa se tornaram cursivos e por vezes, até havia casos em que um signo se juntava a outro. Formando-se assim, vários tipos de hierático. Esta escrita foi utilizada desde finais do Antigo Império e estende-se até finais no Novo Império. Nesta altura a escrita hierática já era usada em vários géneros textos: literários, administrativos e religiosos.

A escrita demótica é então, o desenvolvimento da escrita hierática, aparecendo por volta do século VII a.C. A princípio pensou-se que serviria para documentos e matérias mais administrativas, mas depressa se tornou uma escrita de uso corrente, podendo vários textos de carácter literário e religioso ser encontrados nesta língua.
Figura 2 - Exemplo da evolução de alguns hieróglifos ao longo dos séculosFonte: adaptação de Encyclopaedia Britannica, vol. 29 (1993)

Fig.2 Exemplo da evolução de alguns hieróglifos ao longo dos séculosFonte: adaptação de Encyclopaedia Britannica, vol. 29 (1993)

SUPORTES
Objectos em barro cozido;
Pinturas nas paredes dos templos e túmulos;
Pedra;
Madeira (tabuinhas);
Papiro.


A escrita egípcia é indispensável para o conhecimento do mundo do antigo Egipto. Cada signo, cada língua e escrita têm em si conceitos, sons e significados, que foram importantíssimos para o desenrolar de uma sociedade que servia de base para aquilo que somos hoje.
Teresa Sousa
História da Tradução para Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa

INTERPOL EM LISBOA

For the second time in Lisbon, Interpol gave a show to full-house and the audience had no complaints!



Known for their frivolous and serious behaviour, this New York band composed of Paul Banks and his deep cadaverous voice; the non-stop freaky dancer guitarist David Kessler; eccentric Carlos D on the bass and Sam Fogatino on the drums played in Coliseu dos Recreios on November 7th for a completely mad crowd.
When the first notes of “Pioneer to the Falls” resounded screams and euphoria made way to what would be a fantastic music night: the show was on. Several songs were played and gave way to others, such as the acclaimed “Slow Hands”, the new single “Heirich Maneuver” and “Evil” in unison grabbed a smile out of Paul’s cold face and some “Obrigados” too which made everyone who was there went crazy.
The environment was full of a million strange hot-cold feelings caused of course by their performance but also by a mixture of colourful lights. The red, white, purple, blue and gold reflexions behind the songs gave to each one them different kinds of emotions and feelings that were immediately absorbed by the audience. The whole crowd was caught up by those surrounding creepy moments and when Interpol announced their first departure the room started screaming anxiously for their return. Soon “Take you on a Cruise” and other two songs gave shape to a great encore. With happiness Interpol said goodbye and thanked all the fans, some of who refused to leave the room without a souvenir!
All that is left now for the fans are memories of a great night and maybe waiting for a third visit to our country. The quartet had already played in Portugal in the festival Superbock Superrock, and is now promoting the third album Our Love To Admire, which has as very successful precedents Turn Out The Bright Lights and Antics.
Often compared to Joy Division because the voices of both vocalists (Paul Banks and Ian Curtis) are said to be similar, Interpol with their very own indie style will keep spreading music and manners that certainly will not disappoint.

by Teresa Sousa

English Class - Faculdade Ciencias Sociais e Humanas de Lisboa